Tenho um cachorro chamado Hyro Nakamura, que hoje, é um grande companheiro e creio, seriamente, que Deus me deu o Hyro. Certa vez, fui a uma feira aberta para comprar bolsas e lá vi um cachorrinho, coisinha mais linda, mas apenas passei a mão sobre ele e segui em busca da bolsa, quando dei a volta na feira, dei de cara, novamente, com aquele cachorrinho que balançava o rabinho para mim, com muita alegria, como se me conhecesse, por fim, imagine, eu não comprei a bolsa, comprei o pequeno peludo. Quando cheguei em casa com aquele cachorro que não parava de chorar, a primeira coisa que pensei foi: “o que eu fui inventar!” E me veio a preocupação, afinal, passo mais tempo no trabalho do que em casa, porém, lá estava ele, já o tinha comprado e o jeito era cuidar. Com o passar do tempo, acredite, o Espírito Santo começou a ministrar em minha vida, coisas tão simples sobre o amor através do Hyro, que realmente me surpreenderam.
O Hyro é da raça Shih-tzu, uma raça dócil e meiga, que se apega muito ao dono. Com o tempo, o Hyro foi crescendo e comecei a perceber que quando chegava em casa do trabalho, ele ficava tão feliz ao me ver, que se tremia todo, balançava o rabinho com tanta alegria que eu ficava com pena de ir pra academia e ter de deixá-lo ali. Em nossa convivência, notei que ele fazia muita questão de minha presença, se vou a cozinha ele vai e fica deitado no meu pé, enquanto lavo a louça, se vou a noite ao banheiro, mesmo com muito sono, ele vai cambaleando, também, e deita no meu pé, quando dobro o joelho pra orar, ele deita na parte de trás das minhas pernas. Durante a semana acordo cedo para trabalhar e ele já esta me esperando levantar com aquele sorriso nos olhos e o rabinho balançando, e, se em um fim de semana durmo até mais tarde, ele fica do meu lado. As vezes ensinava ao Hyro algumas coisas, entre elas, ensinei ele a dizer que me ama, então se ele está quietinho, brincando ou deitado e eu chego perto e pergunto: Hyro, você me ama? Ele prontamente se senta, balança o rabinho, enche o olho de alegria e late duas vezes dizendo, “eu te amo!”
O amor dele por mim é algo incondicional, as vezes, para poder limpar a casa, tenho que colocá-lo no armário da sala, do contrário, ele morde a vassoura e não solta mais e o armário é alto para ele, então, ele fica lá, quietinho e quando termino a arrumação, vou até ele, estendo os braços e digo: pula! E mesmo sendo um cachorro, sem entendimento, ele sabe que sou a sua dona, ele confia em mim, e com o instinto animal dele, por algum motivo, sabe que vou segurá-lo e que ele não vai cair, dessa forma ele pula. Ao ver o amor e a pureza de como que ele faz questão de minha companhia e a simplicidade, tão vazia de interesses, me fez ouvir a ministração do Espírito Santo ao meu coração. Mesmo que o Hyro precise de comida e água, o que ele mais precisa é da minha presença, da minha atenção e é exatamente assim que devemos ser com Deus. Devemos anelar com a alma e buscar com o espírito por Sua presença, que é a manifestação da Sua glória em nós.
O Hyro, mesmo sendo um animal irracional, ensinou-me que nunca estou sozinha e que Deus está sempre comigo, não que o esteja comparado a Deus, jamais, apenas que aprendi com ele essa verdade de modo tão simples que, quer na cozinha, quer no banheiro, no trabalho ou em qualquer outro lugar, Deus sempre estará lá, e que devo amá-Lo, não pelo que Ele pode me dar, mas pelo que Ele é, falando com Ele em todo o tempo, sem cessar (Ef. 6:18). Assim como o Hyro tem a maneira dele de falar comigo, o nosso espírito tem a maneira de falar com o Espírito de Deus. Devemos fazer questão da companhia do Espírito Santo em cada instante do nosso dia e confiar, mesmo que a nossa frente tenha um abismo, mesmo que as circunstâncias estejam contrárias, devemos exercer fé, que move o impossível de Deus, sem duvidar, por um momento, que Ele estará lá para nos guardar e proteger. Quero encorajá-lo a amar a Deus e a viver um amor simples, livre de interesses, que não olha a aparência, que não vê como o homem vê, onde a sua situação financeira não influência, nem os seus jejuns, nem os seus sacrifícios, apenas a Graça, a misericórdia e com a simplicidade de uma criança, que confia e espera que Ele cuida e pode todas as coisas!
