Certa tarde, quando andava pelas ruas de São Paulo, a sexta maior metrópole do mundo, convidei o meu melhor amigo, Espírito Santo, para acompanhar-me naquele passeio. Como é bom ter Sua companhia, na verdade, não sei fazer nada sem Ele, nem mesmo escrever neste blog, pois, quem me capacita é Ele, dia após dia, hora após hora, porque d’Ele, e por Ele, e para Ele, são todas coisas. Dependemos do Espírito Santo, até mesmo para fazer uma simples oração, pois não sabemos orar como convém, mas o Espírito é quem intercede por nós com gemidos inexprimíveis. “Oh! Querido Espírito Santo, obrigada por seu o meu ajudador, amigo, companheiro e consolador, todos os dias”.

Enquanto caminhava, vi uma criança brincando na causada com seu mais novo brinquedo, ele corria entusiasmada com aquele aviãozinho que acendia as hélices quando voava, ela estava tão feliz, que mostrava para quem passava por perto o seu presente, parei e apreciei aquele pequeno, brincando. Houve um momento em que o brinquedo caiu no chão e a mãe disse: “não dou nem três dias para que você quebre esse brinquedo!” Mas ele parecia não se importar com aquelas palavras, o que ele queria era brincar. Naquele momento o Espírito Santo me fez uma pergunta, dizendo: “filha, você sabe por que as crianças quebram as coisas com facilidade? Respondi: porque são crianças! E Ele me respondeu, dizendo: pelo mesmo fato de que delas é o Reino de Deus!” Naquele momento parei e pensei no que Ele havia me dito, e respondi que não havia compreendido e Ele, tão sabiamente, de forma amorosa, respondeu: “As crianças quebram as coisas porque já nascem com a eternidade dentro delas, não conhecem o que é passageiro e nem o que é a morte, para elas, tudo é eterno, por isso, choram quando vê algo quebrar-se, porque elas não nascem com o conceito do mundo natural, elas nascem com os conceitos espirituais da pureza, da paz, da justiça, da alegria, da fé e de tudo o que é eterno. Por isso, cada um de vós devem ser como crianças e nunca esquecerem-se da simplicidade devidas a Cristo, porque das crianças é o Reino de Deus”.

Disse Jesus: Deixai vir a mim as criancinhas, não as impeçais (a religiosidade impede que sejamos como crianças, pois ela nos ensina a crescer e ser independente do Espirito), porque das tais é o Reino de Deus (Mc.10:14). Quando Cristo disse: “das tais é o Reino de Deus”, Ele afirmou, dizendo “é”, Ele não disse, será e sim, é! Cristo estava falando de um Reino no presente e não no futuro. Um reino alcançado por uma atitude de fé. A fé como a de uma criança é tão poderosa, que faz com que dela seja o Reino de Deus, em outras palavras, o Reino de Deus está dentro delas, por isso é delas, pertence a elas. As crianças são puras e não veem defeitos, não veem a morte, não veem transitoriedade, não duvidam, antes, lançam-se nos braços do pai ao serem chamadas e quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará n’Ele, nunca mergulhará no Espírito e conhecerá a eternidade nesta vida (Mc. 10:15). O que é o Reino de Deus para que possamos recebe-lo como uma criança? Certamente não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm. 14:16). Em outros versículos encontramos: “Cetro de Justiça é o cetro de teu Reino (Sl. 45:6); O Deus dos céus estabelecerá um Reino que não será jamais destruído (Dn. 2:44); O Reino de Deus não vem com visível aparência, porque o Reino de Deus está dentro de vós (Lc. 17:20,21); Quem Crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva (Jo. 7:38)”. O homem pode até destruir o teu corpo, mas o teu espírito, governado pelo Espírito Santo de Deus, permanecerá inabalável, jamais será destruído, porque é de dentro de você que flui rios de água viva e há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus (o Reino de Deus), o santuário das moradas do Altíssimo (o teu espírito, o Santo dos Santos). Deus está no meio dela, jamais será abalada (Sl. 46:4,5). A medida que você chegar ao conhecimento dessa verdade, no espírito, nada mais te abalará, porque o Reino de Deus, de fato, estará dentro de você e não será algo a ser conquistado com esforço próprio e sim pela fé.

Quando Cristo estava na cruz do Calvário, suportando todos os nossos pecados, injuriado, humilhado, sangrando, completamente nu (porque Cristo foi crucificado em vergonha, na sua nudez e não como os católicos romanos ensinaram, colocando um pano sobre sua nudez), com ausência total de glória, poder ou majestade, sendo motivo de chacota entre os principais dos sacerdotes e dos soldados Romanos, clamando pelo Pai, eis que, um ladrão ao seu lado, também crucificado, começou a zombar, dizendo: Não é tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também (o religiosos age dessa forma). Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? (nesse momento, o ladrão usou de justiça, como de uma criança), e continuou a dizer: Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez (falou a respeito de Cristo tendo paz com ele, como uma criança). E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vires o teu reino (com alegria de uma criança, aquele ladrão pediu o reino com fé). Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje mesmo, estarás comigo no paraíso (o ladrão não só alcançou o reino de Deus, mas foi além disso, porque as portas do inferno não prevaleceram contra ele, e ele, foi o primeiro a entrar com Cristo no paraíso). Lucas, 23:39-43. Cristo viu tanta fé, amor, sinceridade, ousadia, justiça, paz e alegria naquele ladrão, que não só deu a ele o Reino, mas também o levou além, e estrearem juntos o Paraíso. Aleluia! Ter fé como a de uma criança é isso, é ir além do véu.

Aquele ladrão, tal como Simão Pedro, não falava de si mesmo, mas por revelação do Pai falava: Mas vós, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Também eu te digo que tu é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt. 16:15-18). Quando nos tornamos como uma criança, com as virtudes básicas de uma criança, tendo a fé como de uma criança, a justiça como de uma criança, a paz como de uma criança e a alegria no Espírito como de uma criança, recebemos o Reino de Deus, fluindo de dentro de nós com vida e rompendo com qualquer amarra, algema, grilhões e as portas do inferno não prevalecem, a doença não prevalece, a morte não prevalece e nada tem domínio, a não ser Ele, Cristo em nós a esperança da glória! Seja como uma criança, tenha as virtudes básicas de uma criança e faça como o ladrão na cruz, que não atentou para a nudez de Cristo, para a Sua fragilidade e vergonha, mas rompeu o véu, pela fé, olhando para dentro de Cristo, vendo além das circunstâncias e alcançando o Reino de Deus.

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