Na Bíblia é possível vermos várias passagens que mencionam sobre árvores frondosas, figueiras e figos, mas, para que você entenda este estudo, é muito importante que leia outro estudo, chamado: “Jesus e a figueira”. Veja aqui esse estudo. Onde você irá aprender o porquê Cristo amaldiçoou uma figueira frondosa que não tinha figos (Marcos, 11:12-14), nos ensinado não apenas sobre a fé, mas sobre o fato de sermos árvores e sobre a máscara da religião, que é uma capa maligna. Outra passagem onde vemos a Palavra de Deus mencionar uma figueira é no episódio fatídico da queda de Adão e Eva que, após desobedecerem às ordens de Deus, tiveram seus olhos naturais abertos, perdendo, com isso, a visão espiritual e a primeira coisa que viram foi a nudez um do outro (nudez aqui refere-se a ausência da glória de Deus), tendo como primeira atitude o ativismo, ou seja, eles saíram do descanso motivados pela preocupação, pelo medo e pela vergonha, costurando folhas de figueiras para se cobrirem, porém, o intuito do coração deles, naquele momento, não era o de buscar a glória de Deus novamente, mas, sim, o de esconderem sua nudez. O fato é que a nudez incomoda os olhos do homem, mas não o seu coração. Isso nos ensina que os homens, por natureza adâmica, querem mudar por fora, mas não por dentro (Gênesis, 3:7).

Costurar folhas de figueira para se cobrir, nada mais é do que misturar a verdade com a mentira, produzindo o engano, e essa costura produz uma capa maligna chamada “religiosidade”. A religião é como uma árvore frondosa, que produz uma bela sombra, é bonita de se ver, refresca no dia de sol, traz uma sensação de brisa suave e tranquilidade, levando a pessoa a acreditar que aquela sensação é a paz que tanto procurava, sendo que, na verdade, tudo aquilo é apenas um engano, porque essa árvore frondosa, da religiosidade, é incapaz de dar frutos e de nos religar a Deus, tudo o que ela faz é nos levar a atos de justiça própria, usando de métodos e de técnicas frondosas e belas para nos fazer sentir bem com Deus e com uma consciência tranquila, por termos pago o dízimo ou mais uma campanha concluída das sete semanas da vitória (nada contra campanhas, pois o problema está no desígnio do coração). O problema de muitos cristãos é que eles vão à igreja para fazer obras próprias, dizendo que é de Deus e se possível mostrá-las em suas redes sociais, para se sentirem bem consigo mesmos e cobertos de sua nudez espiritual e, assim, poderem dizer: “fiz a minha caridade de hoje, sou piedoso e agora serei salvo!” E acredite, essa pessoa está se enganando com a folha da figueira e é incapaz de produzir frutos bons. Não basta produzir frutos, eles têm de ser bons e frutos bons são maduros e dignos de arrependimento: Toda árvore que não produz bons frutos (que são os frutos dignos de arrependimento) será cortada e lançada ao fogo (Mateus, 7:19).

Quando os reis de Israel e seu povo se corrompiam na idolatria pagã, tinham o costume de queimar incenso para sacrifícios a deusa Asera e esse ritual era feito debaixo de árvores frondosas (1 Reis 14:23; 2 Reis, 16:4;17:9,10). A palavra hebraica “asherah” é usada tanto para referir-se a Asera, deusa da fertilidade, conhecida tanto como mãe de Baal como por mulher dele, quanto para identificar uma árvore sagrada ou poste-ídolo que a representasse. Assim, a adoração pagã de Asera ou Astorete, estava ligada ao culto de árvores em bosques sagrados pelos semitas. Já naquele tempo, procurava-se justificar a idolatria vinculada ao culto à Asera com um suposto retorno à Árvore da Vida (nesse contexto como fertilidade, reprodução e prazer). Os troncos de árvores, em que as imagens dessa deusa eram esculpidas, preservavam uma parte de seus galhos assumindo a forma do órgão sexual masculino. Baal era representado pela imagem do Sol, sendo assim, o deus sol e Asera a deusa da lua, mas seu símbolo era realmente o planeta Vênus. Entre seus títulos, destacam-se “rainha do céu” (Jeremias, 7:18; 44:17-19); senhora dos céus, do mar, da terra e do mundo subterrâneo; o grande princípio fêmea universal. Dizia-se que em suas mãos estavam a vida, a morte e a renovação de toda a natureza. Bastava uma árvore frondosa ou mesmo um tronco, com parte dos galhos erguido verticalmente, para que a ligação mental surgisse. Foi por isso que Deus proibiu, expressamente, a presença de qualquer árvore junto ao Seu Altar: Não estabelecerás poste-ídolo, plantando qualquer árvore junto ao altar do Senhor, teu Deus, que fizeres para ti (Deuteronômios, 16:21); em outras palavras, Deus disse: “Não busque na religião o que somente no altar de sacrifício, que é Cristo, você encontrará”. A deusa Asera é a mesma rainha do mar, também conhecida como Iemanjá ou mesmo, Pomba Gira, da atualidade.

O Pai quer que sejamos livres da capa maligna da religiosidade (veja aqui este estudo) Ele não quer que nos escondamos atrás de amuletos, que não passam de imagens pagãs, não pense que estou falando da imagem da deusa Asera, refiro-me ao material ungido que está sendo vendido nas igrejas como forma de obter as bênçãos de Deus, acredite, isso é o mesmo que queimar incenso debaixo das árvores frondosas da religião. O fato de você ser membro e dizimista em uma igreja cristã pentecostal, não quer dizer absolutamente nada! Entenda, a capa maligna é tudo aquilo que buscamos com nossas mãos (força) para oferecer ao Senhor em sacrifício, achando que isso vai nos trazer as bênçãos ou nos livrar da ira vindoura. Deus não quer que você tenha uma vassoura ungida, um cajado ungido ou que beba a água do rio Nilo ou que faça belas ações sociais para se sentir bem consigo mesmo, achando que isso tocará o coração de Deus, porque não vai! Deus quer que você produza frutos bons, dignos de arrependimento (Mateus, 3:8). Certa vez, o Rei Ezequias estava com uma enfermidade mortal e o profeta Isaías foi ter com o rei e lhe disse que colocasse em ordem a sua casa, porque iria morrer, Ezequias, por sua vez, virou o rosto para a parede e orou ao Senhor, e chorou muitíssimo; e Deus ouviu o seu clamor, porque naquele momento, o rei Ezequias havia produzido frutos bons dignos de arrependimento, e com isso, Isaías voltou novamente e disse a Ezequias: O Senhor ouviu a tua oração e viu as tuas lágrimas […] e disse mais: Tomai uma pasta de figos; tomaram-na e a puseram sobre a úlcera; e ele recuperou a saúde (2 Reis, 20:7).

Não basta estar debaixo de uma árvore frondosa queimando incenso (comprando as bênçãos), porque isso não vai trazer a paz e a cura que você precisa, não adianta cobrir a nudez, que incomoda o exterior, fazendo obras sociais para isso, achando que essa atitude comoverá a Deus, porque não vai! Uma figueira frondosa que não produz frutos é amaldiçoada, mas os figos, que são o fruto da figueira, quando prontos para serem amassados como pasta, produzem cura para o corpo! Cristo te convida para sair debaixo dessa árvore frondosa da religiosidade, para se despojar dessa costura da folha da figueira, que cobre apenas a sua nudez espiritual com uma capa maligna, para se lançar aos Seus pés, na intimidade de Mateus 6:6, tornando-se, assim, uma árvore que produz frutos dignos de arrependimento e que leva curas para todo o corpo.

 
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